quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Há quanto tempo! + Surpresa!

 Há quanto tempo mesmo! Desculpem-me por demorar tanto e... Eu sei que vocês vão querer nos matar por isso, mas, ainda não voltamos completamente! *fugindo das pedras*
 Mas, então... O que fazemos aqui? Nem tudo são notícias sem graça! Viemos postar mais um Doujinshi para o site!
 Além disso, precisamos agradecer a uma pessoa super especial! Yaaayyyy!! Sabemos que isso poderia soar meio estranho para essa pessoa, mas... Meio que dedicamos essa história a você! Se não fosse você, o site provavelmente ficaria fechado por mais um bom tempo... Agradecemos a você, Otoshigami-san!
 Agora, sem  mais delongas... Vamos ao Doujinshi!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Fake Star-Final


 Desculpem-nos toda a demora, o computador parece que quer criar vida própria e sair andando por aí, serio. Bem, sem enrolação, vamos à parte final de Fake Star!

sábado, 21 de abril de 2012

Fake Star III-III

Desculpem a demora, povo x.X Ontem tava odo mundofora de casa o dia inteira, sem nem ver a sombra deum computador direito! Foi tenso... Mas, como nossas vidas não são importantes a ponto de precisarmos comentar mais do que isso, vamos logo para o capítulo da semana

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Fake Star III-II


Sem muitos comentários hoje @@ Estamos correndo contra o tempo~! Aproveitem o capítulo da semana.

Capítulo 2: “Por que nada será impossível!”.


  Shio respira fundo. Até ali estava tudo bem, conseguia controlar sua respiração; próximo passo.
 Ele move os dedos vagarosamente, um de cada vez. Próximo passo. Apoiando suas mãos na mesa, se levanta.
 Havia conseguido. Depois de uma semana, agora tinha controle sobre suas próprias ações.
 Ele sorri, testando suas pernas. Aquela parecia a primeira vez que andava em sua vida. Mas não poderia se distrair com isso, tinha uma coisa muito importante a fazer.
 Ainda não havia conseguido esquecer-se do novo Nagare. Era muita coincidência que duas... Pessoas fossem tão parecidas. Sabia que ‘seu’ Nagare morrera, mas precisava tentar, ao menos, conhecer esse outro.
 Seu plano seria segui-lo até a casa, primeiramente. É claro que Kasanoa ficaria muito bravo de não vê-lo esperando, mas precisaria entender que era uma coisa importante.
 O garoto corre para fora da escola, segurando a própria mochila. Precisou de algum tempo para alcançar Nagare, afinal de contas, não corria há um ano. Mas tudo estava indo bem até o momento. Até que percebera que caminho o outro estava tomando.
 Ele sente medo quando vê a frente da casa. Aquele lugar não parecia mais o seu antigo lar... Do contrário, exalava aquele medo e frieza do último dia que estivera lá. Trazia-lhe à tona todas as más lembranças que o fizeram desligar-se.
 Segurando os braços ao longo do corpo, Shio continua seguindo o outro. Queria vê-lo por um pouco mais de tempo.
 Estava ao lado da janela, observando Nagare guardar seus materiais e deitar em sua cama. Como o tempo, seus olhos se fecham e ele cai no sono.
 Shio olha para o relógio. Droga. Esquecera-se do tempo.
 Ele corre para casa, esperando que Kasanoa já estivesse lá.

“O que diabos você estava fazendo?!” O moreno grita, segurando os ombros do garoto. “Eu disse pra você sempre me esperar!”
 Shio o fita. Infelizmente, não conseguia falar, então não teria como responder ao outro.
“Não seja tão severo. Afinal, ele não sabe o que faz, e como visto, consegue voltar sozinho para casa.” Dwiea diz, afastando o marido.
“Certo. Eu exagerei. Me desculpe.” Ele suspira. “Eu acho não sirvo para se pai.”
“Você aprende com o tempo.” O ruivo sorri. “E você, deixei seu almoço pronto, então vá para a cozinha e coma-o.”
 Shio sorri, indo para o lugar.
 Foi uma grande surpresa ver que o professor e seu marido agora estavam fazendo o papel de seus ‘pais’. Ter uma família era divertido, principalmente se fossem pessoas tão legais quanto aqueles dois.
 Poderiam parecer estranhos à primeira vista, mas para quem os conhecessem, eram um casal de pessoas prefeitas. Conseguiam se preocupar com a felicidade de cada um e do outros a sua volta. É claro, tinham manias estranhas; Dwiea, pó exemplo, não conseguiria dormir se não tomasse um banho de lama por dia, dizia que não poderia se desligar da terra e vice versa. Kasanoa já era mais excêntrico, não deixava nada ser mudado de lugar, nem mesmo um simples saleiro, era como dizia, “Tudo deve ficar em seu lugar, sem afetar a ordem do mundo!”.
 Morar naquela casa estava se tornando muito bom. Só precisava conseguir falar de novo para poder voltar a ter uma vida normal.
 Uma vida perfeita?
Não. Por mais que fosse impossível isso parecer verdade, aquela não seria a sua vida perfeita. Queria voltar para o tempo aonde chegava à sua casa e Nagare aparecia de avental, com os dedos queimados.
‘Não posso voltar a isso. Preciso recomeçar tudo. ’ O garoto pensa, se levantando da mesa e indo para o quarto.


“Shio! Pode parar de olhar para aquele lado?” Jyuu tenta chamar a atenção do garoto. “O que tem de tão interessante lá?”
 Shio o ignora e continua olhando para o outro lado da sala. Alguns alunos haviam organizado um torneio de Pif Paf. Os grupos 9, 5 e 3 estavam no grupo A e 4, 8 e 2 faziam o grupo B.
 Nagare conseguira se enturmar rapidamente. Agora fazia parte do grupo 3, um grande e rápido avanço para alguém que entrara na escola a duas semanas. Estava jogando, a pesar de ser um iniciante e estar perdendo de lavada.
 Quando Jyuu volta para seu lugar e começa a atormentar o irmão, Shio se levanta e vai assistir ao jogo.
  Era a segunda partida. Carrie e Stenfy, do grupo B, contra Nagare e Kuro- conhecido pela enorme quantidade de pircings no rosto-, do grupo A.
“Muito obrigada!” A garota loira grita, pegando uma carta do monte de descarte cantarolando.
“Seu burro! Você poderia ter descartado qualquer uma menos essa!” O parceiro de Nagare grita, se dando um ‘face palm’.
“Desculpe! Eu já disse que só joguei isso uma vez e nem me lembro quando!” O garoto grita.
 Depois de alguns minutos, o grupo B ganha a partida. As garotas comemoram, enquanto o outro time sai.
“Aonde você vai, Nagare?” Uma das garotas pergunta, segurando a manga do outro. “Fugir?”
“Preciso ir ao banheiro.” Ele coça a nuca, sorrindo e sai da sala.

 Os alunos saem da sala correndo e se espremendo pela porta. Jyuu e Nobuko esperam o outro guardar o material e saem da sala, se assustando quando o garoto vai para outro caminho.
“Ei, pra onde você pensa que está indo?” Nobuko pergunta, segurando o outro.
 Shio levanta uma das mãos, fazendo sinal para que os dois esperassem e corre pelo corredor. Os irmãos o seguem com os olhos ainda atordoados.
“Tenho... Certeza que ele...”.
“É...”
 O garoto para de correr quando chega à porta do banheiro, e entra no lugar.
Nagare estava encostado em uma das portas, segurando a cabeça entre as mãos.
“Ught... Que droga...” Ele reclama, sem sair da posição.
 Shio pega uma cartela de remédios que tinha dentro da mochila. O ‘seu’ Nagare sempre tinha crises estranhas por causa do estômago, então era bom ter remédios à mão.
Ele cutuca a testa do outro, o fazendo olhar-lhe e oferece um comprimido, mostrando a embalagem com o nome do medicamento.
“... Obrigado.” Nagare aceita, engolindo o remédio.
 Shio sorri, retribuindo e coloca sua mochila nas costas, saindo.
“Espere aí!” O outro garoto grita, parando-o. “Como você sabia que eu... estava aqui, ou que precisava de um remédio?”
 Shio olha para os lados e vai em direção ao espelho. Sopra a superfície escrevendo ‘SABENDO’ em letras de caixa alta com os dedos. Essa era uma ótima forma de se comunicar, principalmente em situações como essa.
“... OK...” O moreno dá de ombros. “Mas obrigado, do mesmo jeito. Eu fico doente fácil porque tenho um estômago fraco, e por azar, esqueci meus remédios em casa.”
 O outro sorri, saindo do lugar e indo encontrar-se com seus amigos.
“O que você, foi fazer lá?” Jyuu pergunta, mesmo sabendo que o outro não responderia.
 Ao contrário do que pensava o loiro, Shio arranca uma folha de um de seus cadernos e escreve ‘FUI VER ALGUÉM’ nela.
 Nobuko e o irmão o encaram, ainda perplexos. Seu amigo realmente havia voltado depois de tanto tempo?
“Shio?” Nobuko pergunta, segurando os ombros do garoto. “... Você...”
‘NÃO POSSO FALAR, MAS POSSO ME MOVER SOZINHO. TAMBÉM ME LEMBREI DE TUDO. ’ Ele escreve na folha de papel.
“Shio!” Jyuu o abraça. “Você voltou!”
“... Shio!” O outro garoto também o abraça, depois de pensar. “Precisamos falar isso para o Kasa!”
“Sim! Vamos falar com ele!” O loiro puxa o garoto pelo pulso até a sala dos professores, junto com Nobuko.
 Como sempre, o lugar estava ocupado por professores em horário livre, apesar de que somente três ainda não haviam ido almoçar.
“O que fazem aqui? Hoje não era para vocês levarem o Shio para...” Kasanoa é interrompido.
“O Shio voltou!” Jyuu grita, apontando para o garoto.
“Sim! Ele voltou!” Nobuko faz o mesmo.
“O que? Como...?” Ales segura o rosto do garoto, tentando examiná-lo. “Então me fale o que aconteceu. Quero saber seus motivos.”
 Shio mostra a ele a folha na qual escrevera antes para os amigos e pega outra, apoiando-se na mesa para escrever outra nota.
‘Desculpe preocupar vocês. Não posso falar nada sobre a minha situação anterior, vocês não entenderiam e com certeza me repreenderiam pelo que fiz. Estou tentando concertar as coisas. Tenho um plano. Ele mostra o papel para todos, esperando por suas respostas.
“... É bom que você tenha voltado.” Kasanoa deposita a mão sobe o ombro do garoto. “Todos estavam preocupados.” Ele sorri.
“Ainda quero saber seus motivos. Mas vou esperar até que você queira contá-los.” Ales sorri, suspirando.
“Não sei o que você quer concertar a esse ponto, mas boa sorte. Acho que vai precisar.” Hilem bebe um gole de café.
“Pode pedir a nossa ajuda, se precisar.” Os irmãos dizem juntos.
 O garoto sorri. As coisas estavam começando a mudar, e tendiam a melhorar para o seu lado. Agora só precisava fazer mais uma coisa.

 Carrie e Stenfy continuam seguindo o garoto. Já era a quinta vez na semana que seguia por aquele caminho, sozinho, e sabiam que ali não era onde sua casa ficava.
  Elas se escondem atrás de uma árvore quando ele se posiciona na janela da casa, observando quem estava em seu interior.
 Observadoras seguindo um perseguidor. Aquela cena parecia completamente confusa, mas era fruto de dois planos arquitetados cuidadosamente.
 Pelo lado de Shio, estava observando Nagare, como sempre fazia. Desistira de procurar explicações muito complexas, mas queria fazer o outro se tornar seu novamente. Estava certo de que era outra chance que estava recebendo.
 As garotas, por outro lado, estavam cumprindo uma promessa antiga. Prometeram uma a outra após o dia em que descobriram sobre o casamento de seu professor que iriam ajudar algum romance a florescer. Aquela era a chance perfeita.
 O garoto de olhos diferentes escutava música sentado em seu pufe e batendo os pés no ritmo da melodia. Sabia que estava sendo observado e que essa não era a primeira vez, mas nunca conseguira descobrir quem estava fazendo aquilo, e nem por quê.
 Shio se vira quando ouve um barulho de folhas se remexendo. Alarme falso, ele pensa, voltando a olhar pela janela e cuidando para não ser visto.
 Carrie bate de leve na cabeça da amiga. “Foi por pouco que ele não nos vê!” ela sussurra, tentando falar o mais baixo o possível. A outra se desculpa, mas faz a amiga se abaixar quando percebe que alguém mais estava lá.
“Shio! Você precisa voltar pra casa!” Nobuko diz, assustando o outro.
 O garoto consegue empurrar o outro, jogando-o para longe da vista da janela. Havia passado perto.
‘Se é urgente, vamos. E não vou explicar o que estava fazendo. ’ Ele escreve num mini quadro que ganhara de Dwiea. Um presente útil, por sinal.
“Só preciso que venha.” O garoto diz, em voz mais baixa. “Seus ‘pais’ me pediram para encontrá-lo. Não me disseram o porquê, mas querem você em casa, agora.”
 Os dois passam rastejando até a rua e correm para a casa. As duas garotas os seguem, discretamente; sentiram alguma coisa suspeita quando o outro falara em ‘pais’. E também adoravam se meter em assuntos alheios- eram garotas, afinal.[1]

  Shio é jogado para dentro de casa por Nobuko, que corre voltando para o seu próprio lar. Precisava fazer o dever de inglês, antes que não tivesse mais tempo.
 O garoto fecha a porta, tentando caminhar de vagar. Encontra, sentados na sala, o quarteto de sempre, apesar de que não via todos juntos há algum tempo.
“Estávamos esperando você.” Dwiea diz, sorrindo. Estava no sofá, apoiando-se no ombro do marido.
‘O que seria tão urgente? Estava ocupado. ’ Escreve.
“Não me lembro de ter dito que era urgente...” Kasanoa diz coçando o queixo.
“Eu não queria esperar muito, então pedi pro garoto dizer que era urgente.” Hilem grunhi.
‘ótimo’
 Um rangido é ouvido. Os quatro apontam suas armas para a porta, onde duas meninas estavam estáticas. O plano de invasão havia falhado.
“Quem são vocês e porque estão aqui?” Ales, que estava mais perto diz, sem abaixar a arma.
“Eu disse pra você que eles eram suspeitos... Mas, não... Tínhamos que continuar seguindo o Shio!” Stenfy sussurra a outra.
“Abaixe a arma.” Hilem guarda o próprio revólver. “Elas são alunas.”
 Os três restantes suspiram e obedecem.
“Ok. Três questões...” Kasanoa se levanta e vai até as duas garotas. “Um: Por que vieram aqui? Dois: Sabiam que eu posso chamar a polícia e prendê-las por invasão? Três: Por que alunos insistem em invadir a droga da minha casa?!”
“Só estávamos seguindo o Shio! Essa aqui que quis continuar!” Stenfy aponta para a amiga.
“Não é culpa minha se um garoto per-“ A boca de Carrie é tapada por Shio. Ele faz sinal para ela ficar calada.
“Bom saber que você tem um segredo.” O professor que estava ao seu lado diz. “Mas, vocês duas, saiam.”
“Mas...” As duas dizem juntas.
“Por favor, saiam.” Dwiea diz com uma cara angelical. “Essa não é a casa de vocês.”
“Está bem...” As duas dão de ombros e obedecem.
“Mas agora eu sei sobre vocês e vou te chantagear, Hilem!” Carrie grita apontando para o loiro e para Ales e fechando a porta novamente.
“Vadia!” Hilem grita para a garota.
‘Não entendi. O que tem vocês?’ Shio escreve em seu mini quadro.
“Espere. Eles estavam prestes a contar alguma coisa. Chamamos você aqui por isso.” Dwiea puxa o garoto para o sofá.
“Vocês também precisam explicar o sumiço que vocês dois tiveram na semana passada.” Kasanoa se senta no sofá, ao lado de Shio.
“Vou começar a história daí.” Hilem suspira. “Começou na quinta feira retrasada, quando começamos a desafiar um ao outro.”
“E por desafiar, você quer dizer, troca de baixarias.” Ales o completa.
“Isso. Mas acabamos exagerando um pouco...”
“Ou seja, eu dormi com ele.” O outro o interrompe novamente.
“Se você fizer a tradução de mais alguma frase minha pode ter certeza que eu faço você se arrepender.” O loiro sorri, sinicamente. “Continuando; quando eu acordei, o Jei não estava mais em casa e nem o carro dele. Depois de dar as aulas que precisava- e as provas- encontrei sua localização, usando o chip de monitoramento que eu coloquei em seu pescoço e fui até lá de moto.”
“Você sempre usa os métodos mais estranhos...” O ruivo recebe uma encarada gelada e se cala.
“Eu estava em Cent City.” Ales começa. “Fui ao nosso antigo apartamento, de quando ainda estávamos na ativa, para pensar um pouco. Dormi no sofá e acordei quando uma bala passou de raspão por cima da minha cabeça. Então, eu e o Kalle começamos um conversa amistosa.”
“E com a minha arma apontada pra testa dele, o convenci a falar o motivo da fuga.” O loiro sorri. “Aí as coisas se amenizaram, depois da conversa. Sendo assim, aqui estamos de volta à cidade e falando com vocês. Apesar de que nos tardamos um dia.”
“Ainda não entendi, vocês só vieram contar sobre isso? Pensei que era algo bem melhor.” O ruivo suspira. “Precisava me divertir um pouco.”
“Parece que vocês perderam sua visão.” Ales sorri. “Ou ficaram tanto tempo sem trabalhar que esqueceram como analisar os fatos?”
“Eu só estava esperando que vocês contassem.” Kasanoa junta às mãos. “Não gosto de me intrometer na vida dos outros.”
“Mas eu gosto.” Diz Dwiea, se levantando e ficando de frente para o loiro. “Agora eu entendi! Aquela garota de antes era bem esperta, conseguiu perceber sem nem mesmo ouvir a história... Eu a mandaria para Aquarela[2], com certeza...”
‘Digam logo o que é. O leigo aqui ainda não entendeu. ’ Shio escreve, bufando.
“Ah, sim.” Kasanoa estrala os dedos. “Agora eles estão juntos.”
“Eu sabia que não iriam escapar. Qualquer um que passa pelo Aquarela acaba ou morrendo, ou se apegando ao parceiro.” O ruivo levanta, voltando a seu lugar.
“É... Isso parece até uma profecia. Mas, vivendo e aprendendo.”
“Eu quero ver.” Dwiea aponta para os dois a sua frente, com seu sorriso mais malicioso estampado na cara. “Eu quero ver vocês dois.”
“Ótima proposta, e bem convincente. Não podemos acreditar em nada sem provas.” O marido completa, com o mesmo sorriso.
“Está bem...” Ales coloca os braços em volta do outro, mas é empurrado.
“Pirralho!” Hilem diz, apontando para Shio. “Você não...”
‘Já vi coisas piores entre esses dois -seta apontada para o casal no sofá- mas não tenho problemas com isso. ’
“Não da pra você fugir.” Ales diz, beijando o outro.
 Os dois começam a se aprofundar mais, até que o ruivo os para.
“Provas de mais. Guardem o resto para casa.” Ele diz, separando-os.
“Desculpe.” O loiro enrola uma mecha em seus dedos, olhando para o lado.
“Não que tenha algum problema, mas eu odeio ter que limpar a casa.” O ruivo brinca.
“Argh!” Hilem grita, com as mãos na cabeça. “Esqueci daquela vadiazinha! Eu vou ser chantageado amanhã! E a culpa é sua!” Ele aponta para Shio.
‘Minha? O que eu fiz?’
“Você trouxe elas pra cá!”
‘Me seguiram. Além do mais, ainda não sei o que elas queriam comigo. É horrível pensar que elas sabem o que eu estava fazendo. ’
“O que você estava fazendo para ser tão importante assim?” Kasanoa pergunta, sorrindo.
‘Tentando resolver a minha vida. ’ O garoto vai para o próprio quarto, tentando não escutar ao que os quatro estavam perguntando.

 Nagare desliga seu MP3. Precisava arranjar dinheiro para comprar outro... Aquele morreria logo. Ele suspira, guardando-o na gaveta de sua escrivaninha e abrindo o livro de matemática. Precisava fazer o dever de casa antes que se esquecesse. Chegar à sala sem a tarefa seria assinar um contrato de morte com o demônio loiro.
 Por mais que tentasse, não conseguia se concentrar. Não estava com paciência alguma para fazer aquilo. Então, começa a girar a cadeira, como fazia quando estava sem ideias.
 Ele para, olhando para a janela. Estranho, sabia que alguém estava lhe observando antes, mas agora havia ido. Uma pena, poderia ser a hora perfeita para descobrir seu perseguidor.
Era certo que sabia alguma coisa sobre ele, afinal, já passava da décima vez. Mas nada que o ajudasse muito, só conseguira ver que era de sua escola, pois ainda vestia o uniforme.
 Ele suspira. Somente algumas semanas desde que se mudara e já tinha um perseguidor; sem falar de que havia entrado de alguma maneira, na elite popular de sua sala. Não que não fosse popular em sua antiga escola, fazia bastante sucesso, mas isso não afetava em nada a sua vida e não afetaria agora. É certo que sabia o motivo disso, tudo girava em torno de sua personalidade convidativa e, é claro, de seus olhos.
 Nascera com aqueles malditos olhos e fingia que gostava. Não eram nada mais do que horrendas marcas de família, todos os primogênitos tinham e ele também teria. Saber que parte de sua vida era controlada por aquilo lhe trazia raiva. Na maioria das vezes que saia de casa, usava lentes. Havia sido um trabalho e tanto comprá-las, planejara escolher somente uma, mas não tinham nenhum azul compatível com seu olho, então precisara comprar um par; mas valera a pena.
 Ele ri. Todos de sua família eram orgulhosos por carregar o sobrenome Boshi, mas os primogênitos ‘sortudos’ é que levavam a maldição daquilo.
 Pelo que sabia, a história começava assim: em tempos remotos, quando Roma ainda estava de pé e reinava com firmeza, o primeiro representante dos Boshi se apaixonara perdidamente por uma cigana. Seu amor não era correspondido, mas a mulher houvera tido pena dele e o permitira um desejo. Sem hesitar e tomado pela solidão, escolhera virar uma estrela cadente para poder observar, do céu, todos do mundo.
 Arrependera-se do desejo. A solidão de ser uma estrela era insuportável.
 Porém, o pobre homem descobrira uma maneira de voltar a Terra. Se alguém lhe fizera um desejo, poderia se tornar humano, por um tempo limitado. Não se sabe quanto tempo esperou, mas casou-se e teve filhos, mesmo não sendo humano, e então, morreu. Com o passar dos anos, uma de suas filhas deu a luz a um menino. Porém, a criança tinha os olhos de cores diferentes um do outro.
 O garoto cresceu como uma pessoa qualquer, e se apaixonou. Depois, descobrira que sua esposa já o conhecera antes, em uma forma não humana. Na forma de uma estrela.
 É uma história bonita, mas o que se tira dela é a chamada ‘maldição de família’. Qualquer primogênito que nascer com os olhos de cores diferentes estará conectado a sua própria estrela. Se essa estrela atender a um desejo feito por um humano, seu representante na terra precisa buscá-lo e viver junto a ele.
 Ou seja, toda a sua liberdade fora tomada quando nasceu. Tudo pelos simples genes de família.
 O barulho do vento batendo na janela faz Nagare acordar de seus pensamentos. Ele vira a cadeira, suspirando. Ainda não iria fazer o dever de matemática... Seu humor continuava ruim.
 Então, se vira a tempo de ver uma pessoa caindo da árvore de seu jardim. Nagare atravessa a porta correndo e vai averiguar a situação. Porém, quando chega ao lugar, já não havia mais ninguém.

 Shio para de correr para respirar um pouco. Não deveria ter voltado à casa de Nagare! Se não fosse por alguns segundos, com certeza teria sido pego.
Ouvir a história de Hilem e Ales lhe fez ter vontade de ver o outro garoto. Afinal de contas, alimentava algumas esperanças para si mesmo. Precisava fazer isso para poder seguir em frente e alcançar seu objetivo.
 Ele suspira e começa a caminhar para casa.

 O sinal toca e todos voltam para os lugares. Logo, o professor de matemática entra, jogando sua mochila de couro preto reluzente em cima da mesa e colocando o jaleco branco de professor sobre o conjunto preto que vestia.
“Bom dia para vocês.” Ele estrala os dedos. “Não vou enrolar. Nossa aula de hoje será lá fora, então peguem seus livros e estojos e me sigam.”
 Alguns alunos se seguram, enquanto outros gritam de alegria, correndo para fora da porta. O professor segue os adolescentes, levando uma pasta para quando fosse recolher os deveres.
“Hilem!” Carrie surpreende o loiro, segurando seus ombros.
“Veio me chantagear, não é, pirralha?” Ele rosna.
“Ora, eu só quero uma coisa, nada de mais...” A garota sorri maliciosamente. “Preciso da sua ajuda...”
“Acha que eu vou ajudar uma pirralha que nem você?”
“Imagina se todos descobrissem que o demônio loiro é, na verdade, manhoso e ciumento e aproveita as horas da manhã para dar uns amassos com seu lindo assistente e namorado?”
“Era você espiando na janela, sua vaca... Sabia que o barulho que eu ouvi não tinha sido um esquilo.” Hilem resmunga. “Em que você quer ajuda, criatura?”
“Preciso que você consiga uma coisa pra mim...”.
Os alunos sentam na grama, fazendo os exercícios passados para a aula. Shio estava com Jyuu e Nobuko, tentando solucionar as contas.
“Que droga!” O loiro grita, jogando o livro para cima. “Isso é in – so – lú - vel!”
“Você nem começou! E não jogue livros pra cima, são caros!” Nobuko belisca o braço do irmão.
 Shio ri por dentro. Voltar a sua vida normal estava se tornando divertido.
 ‘Parem de brigar e comecem a fazer o dever!’
 Nagare observava os três, sentado ao lado de uma árvore. É claro, várias pessoas o estavam cercando, mas não estava ligando muito para isso.
 Um dos garotos do grupo lhe havia chamado atenção. O reconhecera; era o mesmo que lhe dera um remédio quando estava no banheiro. Esquecera se de perguntar seu nome...
“Nagy?” Uma garota de cabelo curto cutuca o outro, o tirando de seus pensamentos. “O que tem de tão interessante naquele lado?”
“Qual o nome daquele garoto?”
“Ah, é o Shio.” A garota ri. “Se quiser uma conversa-muda, pode ir falar com ele.”
“Ãh?” Nagare pergunta, sem entender.
“Ele fez uma cirurgia na laringe, faringe... Sei lá. Só sei que não pode falar durante um tempo.”
“Interessante...” Ele estrala os dedos, sorrindo.
“Você tá parecendo um mafioso! Que horrível!”
“É que eu fico assim enquanto estou pensando muito!” Nagare fala, com uma voz mais animada. “Bem... Preciso terminar esse exercício.”

“Shio, você vai embora sozinho hoje, de novo? Ou vai com a gente?” Jyuu pergunta, segurando sua própria mochila.
‘Vou sozinho. ’
“Ah!” Nobuko grita, batendo as mãos na mesa. “Lembrei de uma coisa!”
‘O que foi?’
“Eu comprei um jogo novo. Queria que você fosse lá em casa pra jogar, sabe, faz tempo que não fazemos alguma coisa juntos.”
“Na verdade, se você não for eu te arrasto, como sempre, OK?” O loiro sorri.
‘Não esperaria menos de vocês. Estarei lá às 3 da tarde, OK?’
“Então está decidido!” Os irmãos saem da sala, se despedindo.

  Shio estava apoiado no parapeito da janela. Nagare estava fazendo o dever de casa, então não o veria daquele ângulo.
 Ele suspira. Com era patético, não conseguiria avançar nada se só continuasse observando o garoto. Precisava se aproximar, aproximar! Afinal de contas, o que queria não era uma coisa muito simples.
 Parando para pensar, não sabia como iria explicar seus motivos para Nagare. Sabia que a opção de ser rejeitado de cara era muito grande, ainda mais com a história maluca que contaria. O garoto poderia pensar que era louco, que estava inventando, e se acreditasse, ainda poderia entender que só procurava um substituto.
 Poderia ter começado somente com a ideia de alguém para substituir seu antigo Nagare, mas isso não durara muito tempo. Já não conseguia mais negar que o que queria era tê-lo novamente junto a si, assim como em seus últimos minutos.
 No fim, se apaixonara por Nagare.
“E então, você vai ficar aí, pensando?”
 Shio cai no chão, assustado. Havia sido descuidado e agora Nagare estava apoiado na parte de dentro da janela, o encarando com um sorriso estranho.
“É bom eu ter, enfim, descoberto quem era meu perseguidor.” Ele continua. “Já estava ficando aflito de ser algum maníaco. Você não é um maníaco, é?”
 O garoto balança a cabeça, negando, enquanto se levanta. Seu coração ainda estava rápido por causa do susto.
“O que você vem fazer aqui? Por que estava me observando?” Nagare pergunta.
‘AMIGO?’ Shio escreve na janela. Aquela havia sido uma ótima hora para esquecer seu quadro na mochila.
“Você é estranho.” Nagare ri. “Além de me observar ainda pergunta se quer ser meu amigo?”
 Shio engole em seco. Se tivesse cometido um erro, precisaria mudar para o plano B, e planos B nunca são bons.
“Eu estava brincando! Não fique com essa cara de assustado!” O garoto puxa Shio pela manga do uniforme. “Quer entrar? Espere... Você já esteja tecnicamente dentro da casa por estar no jardim... Então, que tal um pouco d’água?”
 Shio sorri, concordando e logo é arrastado para a cozinha.
 Entrar naquele lugar de novo lhe dava calafrios. Qualquer lembrança do ‘outro’ Nagare lhe dava calafrios e trazia um pouco de tristeza.
“Bem, sei que você não pode falar, então...” Nagare pega uma louza maleável e a entrega junto com um giz. “Pode escrever aqui.”
‘Obrigado. Ajudou bastante. ’ Shio rabisca, rapidamente.
“Então, tem algum motivo para você querer ser meu amigo?” O garoto sorri. Dessa vez, mais simpático.
‘Nenhum. Só gosto de fazer amigos. ’
“É bom que seja verdade, odeio pessoas que mentem pra mim.”
 Não estava mentindo, mas também não falara a verdade... Mas aquilo seria suficiente por enquanto.
“Aqui está a sua água!” Nagare entrega um copo ao outro, que bebe o liquido rapidamente.
‘Obrigado. ’
“Você vai fazer alguma coisa no resto do dia? Perseguir mais alguém?” O garoto de olhos diferentes diz, fitando-o.
‘Engraçado.
Vou para casa de meus amigos, iremos jogar algum jogo aí, não tenho certeza de qual era. ’
“Que bom.” Ele mostra um sorriso idiota, pegando outro copo d’água, dessa vez para si.
‘Você pode ir se quiser. Não acho que tenha problema. ’
“Mesmo?!” Nagare se anima. “Quer dizer, vocês não vão se incomodar?”
‘De nenhuma maneira. É na Rua 75, casa 3. Apareça às três horas. ’ Shio olha em seu relógio. ‘Preciso ir. Ainda tenho tarefas a fazer em casa e o Kasa me mataria se eu as acumulasse de novo. ’
“Tudo bem.” Ele diz, ignorando as informações pessoais do outro garoto. “Estarei lá às três horas, então.”

Jyuu insere pilhas novas nos consoles, não queria que a bateria acabasse no meio do jogo. Ele senta-se no sofá, fitando a tela desligada. Aquilo parecia tedioso, então, logo se levanta e sobe as escadas.
 O garoto abre a porta do banheiro, entrando no lugar.
“Nokkun! Sai logo daí... Você está gastando muita água!” Grita, virando-se de costas para o Box do chuveiro.
“Seu...!” Nobuko puxa um pouco da cortina, o suficiente para mostrar seu rosto. “Não entre assim quando alguém está tomando banho!”
“O que você é? Uma garota?” Ele cruza os braços. “Estou com tédio, e ainda falta meia hora pras três.”
“O que você quer que eu faça? Adiante o tempo com meus poderes mágicos?” O outro pega uma toalha e enrola no quadril, saindo do banho.
“Isso ajudaria muito.”
“Uma pena. Não sou mágico!” Nobuko bagunça o cabelo do irmão, indo para o quarto.
“Quer fazer mais alguma... Aposta, pra passar o tempo?”
 O garoto para, no meio do corredor, criando uma poça d’água. Há um ano que não o ouvia falar essa palavra.
“... O que você disse?”
“Vamos fazer uma aposta.” Jyuu sorri.
“Sabe que não é bom apostar comigo, não é? Pode acabar como da última vez.” Nobuko continua seguindo para o quarto.
“Vai ser uma aposta diferente. Vamos envolver mais algumas pessoas nisso.” O loiro se senta na beirada da cama.
“O que você quer apostar? Pra envolver mais alguém deve ser algo sério...” O irmão diz enquanto coloca suas roupas.
“Quem descobrir o que o Shio está tramando, vence.”
 Nobuko ri. Seu irmão odiava não saber das coisas.
“Gostei dessa.” Ele sorri. “Ah, falando no Shio, ele tá chegando aqui. Mas tem mais alguém com ele.”
“Dá pra saber quem é?”
“Não exatamente. Sei que é um garoto e que o conhecemos, mas, nada mais do que isso.” O garoto começa a pentear o próprio cabelo.
“Engraçado... Por que será que ele chamaria alguém?” Jyuu rouba o pente do irmão e usa em seu próprio cabelo.
“Acho que isso faz parte da aposta, bola de açúcar...” Ele sorri.
“Ei! Eu não como mais tanto açúcar! Já disse que não é pra me chamar assim!” O loiro grita, batendo o punho na cama.
 Nobuko ri, descendo as escadas e indo para a porta. O irmão o segue, descendo pelo corrimão, e consequentemente levando uma bronca por isso. Os dois correm para a porta.
“Por que você sempre fica olhando pra minha casa?” Nobuko pergunta, assustando o garoto que estava parado na entrada. “Tanto faz. Bem vindo, Shio.”
“E convidado.” Jyuu completa, surgindo atrás do outro.
“Er... Olá.” Nagare diz balançando a mão. “Eu...”
“É melhor vocês entrarem, vai começar a chover.” Nobuko puxa os dois garotos para dentro da casa.
 Eles se sentam no sofá, ou se espremem nele, já que era um espaço pequeno para quatro pessoas sentarem.
“Continue.” Jyuu sorri, indicando para o garoto falar.
“Ah, sim. Eu não sei se vocês se lembram de mim, mas, eu sou Nagare, estamos na mesma sala.” Ele se curva.
“Eu lembro muito bem de você, garoto dos olhos coloridos.” Nobuko sorri. “Prazer, Nobuko.”
“Jyuu.” O loiro também sorri. “Ah, Shio, não que isso importe muito, mas, por que você o trouxe?”
‘O achei pelo caminho. ’ Ele escreve em um pedaço de papel que tinha no bolso.
“Bom, é uma sorte termos quatro controles.” Nobuko entrega um console e um nunchaco para cada um. “Assim podemos todos jogar ao mesmo tempo.”
“Eu não... Eu nunca joguei Wii... Acho que vocês vão precisar me explicar.” Nagare diz, enquanto briga com a pulseira ajustadora.
 O garoto só levou alguns minutos para entender os comandos. Então, todos começaram a jogar HRTP (Having Rabbits TV Party) no modo coletivo. Estavam em igualdade, já que ninguém havia jogado o jogo ainda. A maior diversão do quarteto era quando caiam em alguma rodada de bônus e precisavam escolher a resposta certa para uma das perguntas sem sentido.[3]
 Nagare, mesmo sendo um iniciante, estava ganhando. Possuía uma agilidade incrível, e até mesmo superior ao campeão, Jyuu. Quando as dez rodadas acabaram, sua pontuação era a maior, então, acabou ganhando.
“Nããããão!” O loiro grita, fazendo cena. “Eu não acredito que alguém possa me vencer! Maldição!”
“Encare a verdade, você ficou enferrujado.” Nobuko ri.
“Sempre fui bom em jogos eletrônicos, eu aprendo rápido.” O garoto de olhos bicolor diz, coçando a nuca com um pouco de vergonha.
 Shio solta um pequeno riso, não porque aquilo havia feito Jyuu gritar mais ainda, mas porque sabia exatamente do que Nagare estava falando. O garoto era muito bom em aprender, pegava o sentido das coisas rapidamente.
 Uma melodia eletrônica corta a cena; era o celular de Nagare. Seus pais haviam chegado a casa e precisavam de sua ajuda para guardar alguns móveis novos. O garoto se despede e corre para o lar.
“Então...” Jyuu sorri, maliciosamente. “Diga, porque você trouxe o garoto?”
‘Já disse. ’ Shio levanta uma das sobrancelhas.
“Ah... Eu me esqueci de avisar você...” Nobuko diz, com os dedos no queixo. “Eu falei pro Jyuu que te achei espionando a casa de alguém, daquela vez.”
 Shio o encara, lembrando-se do acontecido. Droga, aqueles dois eram espertos; é claro que não acreditariam em sua desculpa sabendo que estava ‘assistindo’ alguém.
‘Nada a declarar. ’ Escreve, depois de pensar um pouco.
 Os dois irmãos apenas sorriem. Aquilo atiçava a curiosidade de cada um. Sabiam que quem conseguisse entender o que estava acontecendo iria vencer a aposta que fizeram antes.
 ‘Bem, vou para casa. ’
“Nós vamos com você!” Jyuu grita indo junto a Shio. “Não é?”
“S-sim!” O garoto segue os dois.


“Hum? Como assim, ‘uma aposta’?” Kasanoa pergunta, enquanto prepara uma xícara de café para si.
“Vamos, vai ser divertido. Vamos chamar o resto do seu quarteto, também.” Jyuu se encosta-se à borda da pia.
“Eu só preciso saber sobre o que vamos apostar.” O professor dá um gole em sua xícara.
“Quem descobrir os planos do Shio primeiro, vence.” Nobuko sorri, sentando em cima da mesa.
“Interessante... Assim eu tenho um motivo melhor para vasculhar a vida de alguém; aceito.” Ele sorri. “Ah, a propósito, saia de cima da minha mesa antes que eu lhe faça se tornar parte da madeira.”
 “Sim senhor...” O garoto obedece, voltando ao chão.
“Nós vamos falar com os outros dois, agora. Passe a informação ao Dwiea.” Jyuu sai da sala, sendo seguido pelo irmão. “Por Deus, não deixe o Shio saber disso.”
“Entendido.” O homem estende a caneca de café, enfatizando.

“Porque vocês sempre apontam armas pras pessoas que chegam em suas casa?” Nobuko pergunta, com as mão levantadas.
“Fizemos coisas no passado que podem atrair certos perigos. Isso é só por precaução.” Ales diz, guardando o revólver num bolso interno da blusa que vestia.
“Isso... Vai dizendo pra todo mundo, aposto que em um mês a máfia chinesa aparece aqui.” Hilem revira os olhos. “Mas, por que vieram aqui?”
“Vou ser direto. Estamos fazendo uma aposta: quem descobrir primeiro o plano do Shio vence.” Jyuu diz, com as mãos no quadril.
“Gostei dessa!” Ales sorri. “Saber informações secretas sobre a vida de alguém... Isso me faz lembrar os velhos tempos!”
“A velha aquarela... Que nostálgico...” O loiro suspira, mesmo que com um ar maléfico. “Mas o que ganharemos?”
“O prêmio para o vencedor é um desejo sem regras.” Nobuko fala, em um tom também malicioso. “Ou seja, qualquer coisa.”
“Isso torna a aposta mais divertida ainda.” Hilem abre um pouco do zíper de tamanho exagerado em sua blusa; estava calor. “Aceito.”
“Faço o mesmo. Faz tempo desde a última vez que joguei um pouco.” O meio ruivo levanta o zíper do que estava ao seu lado, recebendo um pisão no pé.
“Ótimo!” O outro loiro sorri, batendo as mãos atrás das costas. “Então, se estão todos avisados, a partir deste momento, a aposta está oficialmente iniciada!”
“Eu vou usar o banheiro de vocês, se não se importarem.” Nobuko entra em um dos corredores com as mãos nos bolsos.
 Ales prende a gola do garoto à parede com um pequeno dardo(!) que saíra de sua própria manga. “Corredor errado, vá pela direita.”
“Sério? Ali tinha cheiro de limpeza e...” O garoto tenta tirar o objeto da gola de seu sobre-tudo.
“Acho melhor você calar a boca e obedecer.” Jyuu sussurra, empurrando o irmão para o corredor indicado por Hilem.




[1] Arhgh... Não que seja preconceito, é só o que nós acho mesmo... Desculpem garotas.
[2] Vide capítulo extra: ‘Aquarela- Missão Lagoon Melody’ (ainda por lançar, acalmem-se)
[3] O jogo realmente existe, e isso acontece, às vezes, no modo coletivo.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Fake Star III-I

Finalmente estamos sem problemas xD Esperamos que isso dure mais tempo, assim podemos nos organizar x.x Bem, parece que o tempo em que tinhamos um discurso completo antes de cada post acabou e nossa criatividade está sendo totalemnte voltada para as histórias xD Então, curtam o capítulo dessa semana~!

Parte três: Estrela falsa


Capitulo 1: O despertar

“E é isso, por hoje.” O professor loiro diz, fechando o livro.
“Vocês esqueceu-se de passar o dever de casa...” Um aluno diz, sendo vaiado pelos outros da turma.
“Não, você errou. Hoje eu realmente não vou passar dever para vocês. Comemorem o quanto for preciso.” Ele sai da sala, enquanto os alunos gritam dentro do lugar.
 Jyuu se levanta e vai para onde está sentado seu irmão. Ele cutuca suas costas.
“Ãhn? O que foi?” O garoto diz, se virando.
“Uhn... Nada... Eu só estava com tédio.” O loiro sorri.
“Você não aguenta ficar parado não é? Já é a quinta vez hoje... Deixa, pelo menos, a aula terminar, aí eu dou um pouco de atenção pra você.”
 Jyuu suspira, voltando ao próprio lugar.

 O último sinal toca e com ele, todos os alunos correm para a porta. Menos, dois deles, que caminham de vagar até a sala dos professores.
“Você precisa inventar um código que cause menos alvoroço, Hilem.” Nobuko diz, tirando uma mecha de cabelo dos olhos.
“A professora do horário seguinte quase jogou o apagador pela janela pra acalmar o povo...” Jyuu comenta.
“Eu disse isso, mas alguns idiotas adoram ver uma baderna.”
“É divertido, ora...” Ales diz, enquanto tenta concertar a copiadora.
“Mas, pra que vocês nos chamaram aqui? É alguma coisa muito importante?” Jyuu diz, pegando um chiclete no bolso.
“Muito importante.” Kasanoa sai de baixo da mesa da sala, segurando uma mochila. “Mas, por enquanto, quero que vocês venham até a minha casa.”
“Sim senhor...” Os dois garotos dizem, seguindo-o.

 Os três chegam à pequena casa. Por algum motivo, nenhuma das luzes estava ligada, mas podiam-se ouvir alguns sussurros vindos da sala de estar.
 Enquanto Jyuu e Nobuko jogam suas mochilas no chão, o professor liga as luzes, apertando o interruptor.
 Dwiea estava no sofá, junto a Shio. Os dois estavam se encarando.
“O que diabos você está fazendo?” Kasanoa pergunta, jogando o cabelo para o lado.
“Ah! Kasa!” O ruivo pula no outro, com os braços em volta de seu pescoço. “Por que você demorou? Sabe que é horrível ficar aqui e-“
“Responda a pergunta, primeiro...”
“Eu estava testando uma coisa. Mas não era nada muito importante.” Ele sorri, sem se soltar. “Ah... Oi pra vocês.” Acena.
“Oi.” Os dois garotos retribuem.
“Mas, afinal de contas, pra que você nos chamou?” Nobuko pergunta.
“Tenho uma boa notícia.” O professor sorri, soltando o outro de seu pescoço. “De acordo com os testes, o Shio pode voltar para a escola.”
“M-mesmo?” O loiro sorri. “Mas como...?”
“Apesar de não poder falar ainda, ele consegue obter informações e usá-las, agora. É claro, demorou um pouco para que isso acontecesse, mas já é um passo.” O ruivo levanta o polegar, fazendo um sinal de positivo.
“Isso também significa que ele... Que o Shio de antes pode voltar, não é?” Nobuko sorri.
“Exatamente. E de acordo com o Ales, o resto dependo desse garoto.”
 Os garotos sorriem e apertam as mãos, estralando-as. Os dois outros também sorriem.
 Isso era o resultado de um ano. O tempo passara de vagar, ao contrário do ano anterior. Durante todo esse tempo, Shio ficara naquela casa, sendo cuidado por Dwiea e Kasanoa.
 Shio interrompe a cena, puxando a manga do ruivo.
“Ah... Certo, ainda não fiz o almoço.” Ele lembra, olhando para o relógio. “Mas eu estou atrasado... Kasa...?”
“Ok, eu faço comida pra mim e pro moleque.” Ele coça a nuca. “O que seria de você sem mim?”
“A mesma coisa que você sem a mim. Um grande e vazio ‘nada’.” Ele envolve o outro em seus braços e os dois começam a trocar um beijo.
 Jyuu e Nobuko aproveitam para sair do lugar. Não que não quisessem ver o amigo, mas ficar na casa daquele ‘casal’ incomodava a ambos.
“...Como é bonito o amor, não é, caro irmã?” O garoto de cabelo colorido diz, suspirando.
“E pensar que há dois anos você estava reclamando daqueles dois...” O loiro sussurra.
“As pessoas ficam sentimentais depois que levam um fora, sabia...?” Nobuko suspira novamente. “Já é a segunda vez que alguém termina comigo pelo mesmo motivo...”
“A culpa é sua. Você passa muito tempo comigo e não tem tempo para elas.”
“Aff... É que eu me acostumei a ficar com você por aí...” Ele dá de ombros.
“É melhor você calar essa boca antes que fale algo desnecessário.”
“Verdade... Bem, calei então.”

 O sol passa pela janela e joga sua luz sobre o rosto do garoto. Se virando para o outro lado, ele tenta ignorar, mas é detido pelo despertador. Então, batendo no aparelho, se levanta da cama.
 Ele coloca o próprio uniforme e vai para a cozinha, onde já estava uma mesa de café da manhã preparada. Seu cheiro ocupava todo o lugar, dando água na boca.
“Bom dia Shio!” Dwiea diz, enquanto coloca um pouco de leite em sua própria xícara.
 Ele e Kasanoa estavam sentados na mesa, ainda não haviam começado o café.
 O garoto se senta à mesa e começa a comer, sendo acompanhado pelos outros dois.
“Você vai para a escola hoje, como eu disse antes. Irá ir e voltar com Kasa entendeu?”
 O garoto o fita. Suas pupilas haviam voltado, mas a expressão de vazio continuava, apesar de estar conseguindo demonstrar emoções, vez ou outra.
“Mesmo tendo ficado aqui por um ano, você teve nota o suficiente na 8ª série para poder se formar. Você irá somente ter algumas aulas a mais por algum tempo, para que você possa aprender o que perdeu.” O professor diz.
 O garoto dá um pequeno sorriso.
“Vão logo, se não, irão se atrasar.” Dwiea se levanta da mesa e é acompanhado pelos dois.
Shio sai primeiro e fica esperando o outro do lado de fora.
“Kasa-san...Ver aquele garoto me dá uma pena danada... O que será que o fez fazer algo assim?”
“Eu realmente não sei. Não consegui achar nada sobre ele.”
 “... Deixa... Eu sei que essa parte eu não posso solucionar.” O ruivo tenta sorri. “Vá com cuidado, ouvi?”
“E você também.”

 Os alunos encaravam o garoto; haviam formado um círculo a sua volta. Ele, por sua vez, estava preso a sua própria cadeira, com um rosto assustado.
“Você... Não vai falar nada?” Uma garota ruiva pergunta, mascando chiclete.
 Ele a encara.
“Ele não é aquele cara que sumiu durante um tempo?” Um garoto atrás de Shio pergunta.
“É verdade...”
“Qual era o nome dele mesmo?”
“Acho que era...”
“Shio!!” Jyu diz, atravessando o círculo de alunos.
 O garoto sorri.
“O que ele tem?” Outra garota pergunta ao loiro.
“Ele ficou internado por um tempo.” Diz Nobuko, também entrando no círculo e o desmanchando. “Fez uma cirurgia e não pode falar muito, por que forçaria a própria garganta.”
“É bom ver você de volta.” Jyuu diz, depois que todos voltam para seus lugares.
 Shio desvia seu olha para a carteira, sem prestar muita atenção ao amigo.
“Acho que ele não se lembra de muita coisa...” O outro apoia os pés na cadeira a sua frente. “Deve ser por causa daquela... Auto-hipnose, ou sei lá.”
“Que coisa... Então ele ainda parece um boneco...” O loiro suspira. “Quero o Shio de antes de volta...”
“Pelo que o Kasa disse, só depende dele.” Nobuko bagunça o cabelo do outro, que o encara. “Mas que ele parece um boneco, é verdade.”
 O sinal toca, interrompendo os dois adolescentes que, por sua vez, voltam aos lugares enquanto o professor chega.
 O homem joga suas coisas em cima da mesa e sorri.
“Bom dia, pirralhos!” Ele tira alguns fios de sua testa. “O professor de matemática não veio, então eu o estarei substituindo por hoje.”
 A sala fica em silêncio durante alguns segundos e logo os alunos estão comemorando. Alguns somente gritam e outros pulam de suas cadeiras.
Uma garota se levanta e vai até o quadro, ficando de frente para o professor. Então, dá um tapa em sua cara.
“Isso é por dois anos atrás, Isurans.” Carrie sorri, dando ênfase a última palavra,e volta para o lugar.
“Eu não acredito!” Outra garota grita. “Professor! Você de novo!”
 Os sussurros se propagam pelo lugar. Com o sistema da escola, as turmas nunca mudavam depois da sétima série, então todos ali se lembravam do incidente de dois anos atrás.
“... Bem... Eu vou passar os exercícios que o Hillem me deu. Vou avisando que são 50 itens, então é melhor vocês começarem a copiar logo.” O professor diz, escrevendo no quadro branco.
 Não tendo outra opção, os alunos abrem seus cadernos e começam a anotar.

 O último sinal do dia toca e a porta se enche de adolescentes desesperados para saírem do confinamento escolar. Jyuu e Nobuko tomam caminho até a sala dos professores, onde encontram Hilem e Kasanoa conversando.
“Você não disse que o demônio loiro havia faltado?” O garoto de cabelo colorido pergunta.
“Foi mentira. E que ótimo apelido você tem, Hilem.” Ele sorri para o outro.
“É, eu sou um demônio, e dái? A vida não é fácil.” Resmunga.
“É ótimo ver vocês trocando insultos, mas eu queria falar com o outro... O Ales.” Jyuu diz, afastando um pouco do cabelo para trás.
“Não trabalha mais como meu assistente e fugiu do mundo ontem. Se quiser falar com ele, procure você.” Hilem responde friamente, tomando uma xícara de café em um gole.
“Não seja tão mal com eles só porque que está de mau humor.” O moreno cutuca o outro com o cotovelo. “Mas por que vocês queriam ver ele?”
“Esperança de trazer o Shio de volta.” Os dois saem da sala, carregando as mochilas em seus ombros.
“Não fique tão pra baixo. Ele está ‘evoluindo’ de certa forma. Só precisamos esperar um pouco.” Nobuko tenta consolar o irmão.
“Eu só não quero esperar mais um ano.” Ele suspira.

 Como no dia anterior, havia um círculo de pessoas no meio da sala, porém, quem estava em seu centro era um garoto de cabelos pretos bagunçados. Ele sorria enquanto conversava e era fitado; seus olhos chamavam atenção, um deles era azul escuro e outro era dourado.[1]
“É coisa de família. O olho direito para a Lua e o esquerdo para o Céu...” Ele diz, sorrindo novamente.
“Você é tão legal! De onde veio?” Uma garota loira pergunta, apoiando os cotovelos na mesa do garoto.
“Mudei-me há pouco tempo de West City. Havia uma casa a venda na vizinhança aqui e ela tinha um preço muito bom para as redondezas.” Ele dá de ombros.
 Nobuko e Jyuu chegam, jogando suas mochilas nas cadeiras e indo averiguar a situação; mas é claro, depois de falar com Shio.
“Quem é o novo aluno?” Nobuko pergunta, se juntando ao círculo.
“Pra quem não ouviu ainda...” O garoto se levanta com as mãos no quadril. “Meu nome é Nagare! Nagare Boshi!” Ele grita.
 Shio estava sentado em sua cadeira, fitando o nada, como fazia normalmente antes da aula começar. Uma onda de energia percorre seu corpo quando ele ouve o outro garoto.
“Na... Ga... Re?” Ele joga a cabeça em cima da mesa.
 Durante poucos segundos flashes de memória passam por sua mente.
 Nagare.
 Uma estrela cadente que poderia realizar o desejo daqueles que se sentiam solitários vagando pelo céu, como estrelas.
 Nagare.
 Um estorvo que brincava como uma criança e não sabia praticamente nada sobre o mundo.
 Nagare.
 Uma estrela morta.
 Shio podia se lembrar agora. Todo o tempo que passara com a estrela. O que havia feito.
 Ele tenta se levantar da mesa, mas não obtêm resposta do próprio corpo. Ótimo, pensa o garoto. Por causa da hipnose, só havia recuperado o controle de sua própria mente. Precisaria de esforço para fazer seu corpo responder.
 Sua cabeça volta para o lugar e ele pode ver um pouco do local onde estava. Conhecia todas aquelas pessoas, ou a maioria delas. Mas pareciam diferentes, de alguma forma... Talvez mais velhos.
 Jyuu aparece ao seu lado, sorrindo.
“Sei que você não vai entender isso, mas, poderia voltar logo ao normal? Por favor?” O loiro pergunta, tentando abaixar a voz.
“O que você está cochichando, heim?” Nobuko pergunta, aparecendo também.
“Nada! Só estava vendo se o Shio estava bem.” Ele sorri voltando para a carteira.
  Seus amigos também estavam diferentes. E por que Jyuu parecia tão triste? Há quanto tempo teria ‘ido’?
  O sinal toca, cortando suas ideias. Logo um professor chega e escreve uma revisão no quadro, sendo automaticamente anotada pelo seu ‘corpo’.
  Ele nota a data que havia escrito em seu caderno.
 Agora tinha a resposta para uma de suas perguntas. Um ano.
Shio sente um calafrio. Isso era muito tempo, até de mais; e fazia ainda mais perguntas surgirem em sua cabeça. Ótimo.
 Depois de responder as perguntas, ‘ele’ começa a olhar em volta da sala e para seus olhos sobre o aluno novo, havia se esquecido dele.
 Shio sente algo estranho. O garoto realmente se parecia com Nagare, o mesmo cabelo bagunçado, a mesma fisionomia... O mesmo colar.
 Não era possível. Como ele poderia ter o mesmo colar que a estrela? Se não se enganava, ainda deveria estar com ele; com certeza não conseguiria se desfazer daquilo. Não da maneira que se importava com o outro.
 Ótimo, de novo. Agora estava se sentindo horrível; lembrar que nunca mais veria Nagare o fazia ter vontade de chorar de novo. Mas precisava superar... Aquilo...




[1] Isso se chama Heterocromia, se quiserem saber...
--------------------------------------------
Há! As coisas estão ficando misteriosas agora xD Como está meio tarde aqui e ainda pretendemos acordar cedo amanhã... Até mais, povo o/.
OBS: A promoção ainda continua,ouviram? Se nãosabem do que se trata, procurem pelo post com a Tag "promoção"^_^